Estudo revela que o autismo em bebês pode ser identificado precocemente, antes dos sintomas comportamentais.
Um estudo publicado na revista inglesa Scientific Reports aponta novos caminhos no tratamento do autismo em bebês. Exames de Eletroencefalograma (EEG) podem indicar com precisão o transtorno em crianças de apenas três meses de vida.
Como os exames de Eletroencefalograma são baratos e não invasivos, a tendência é que sejam incorporados aos exames de rotina dos bebês. A identificação do autismo em bebês permite a intervenção bem mais cedo, antes de surgirem os sintomas comportamentais.
Durante a pesquisa foram analisados dados de um projeto do Hospital Infantil de Boston. Um exame aparentemente normal contém dados que refletem a função cerebral, e estruturas que são identificadas graças a algoritmos de computador.
99 bebês com alto risco de autismo, devido a casos na família, e 89 com baixo risco foram analisados. Os EEGs foram realizados entre os 3 e os 36 meses das crianças, com uma rede de 128 sensores sobre o couro cabeludo.
Os algoritmos conseguiram identificar o transtorno do autismo em bebês com taxa de acerto de 95% em certas idades. O índice de acerto em bebês de nove meses foi de quase 100%.
Crianças com casos de autismo na família são mais propensas a desenvolver o transtorno. Mas o aumento do índice depende também de outros fatores, genéticos ou ambientais, que podem influenciar na evolução da doença.
ELETROENCEFALOGRAMA NA CLÍNICA DC
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